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Notícia

Prefeitura Municipal de João Monlevade


Divisão de Saúde Mental apresenta balanço de atividades dos últimos quatro anos


Foi realizada na manhã desta quarta-feira (4), na sede do Serviço de Saúde Mental Infanto Juvenil de João Monlevade (Sesamo IJ), no bairro Novo Horizonte, uma reunião para a apresentação do balanço da Divisão de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde dos últimos quatro anos.

Na ocasião, foram apresentados todos os números, estatísticas, atendimentos, estrutura, serviços prestados, avanços e desafios da Divisão de Saúde Mental, em um trabalho apresentado pela coordenadora da Divisão, Eliana Bicalho Ferreira de Almeida.

De acordo com Eliana, a assistência prestada pela Divisão começou a mudar em 1989, se concretizando no primeiro Serviço de saúde mental na lógica antimanicomial em 1990, com a implantação do Sesamo, hoje, um Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II), sendo que João Monlevade foi um dos municípios pioneiros no atendimento antimanicomial a nível estadual e federal. “Depois de muitos avanços e desafios com o intuito de aprimorar cada vez mais a prestação dos serviços, a atual administração municipal apostou na criação do Serviço de Saúde Mental Infantojuvenil, o Sesamo IJ), com recursos próprios, para incrementar ainda mais a Rede de Atenção  e conseguir trabalhar dentro de uma proposta antimanicomial, que é nosso grande objetivo. Lembrando que, em breve, o Sesamo IJ terá sede própria”, destacou Eliana.

A coordenadora também salientou que, desde 2021, a Secretaria de Saúde direcionou vários esforços para obter avanços significativos quanto ao cuidado às pessoas com sofrimento e transtornos psíquicos, mas, obviamente, há avanços a alcançar. “Ainda há desafios pela frente, como construir uma Rede de Atenção Psicossocial potente, eficiente, que resolva os vazios assistenciais, que atualmente se encontram nas duas pontas da rede: na saúde mental na Atenção Primária em Saúde (APS) e no nível hospitalar. Outro avanço significativo foi a informatização dos serviços, através do programa VIVVER, o que facilita muito nas comunicações entre os serviços”, afirmou.   

 

Grupo de Famílias

 

Na manhã da última terça-feira (3) foi promovida a primeira confraternização anual do Grupo de Famílias do Sesamo IJ. O grupo se reúne todas as terças-feiras pela manhã no local. O evento contou com usuários e familiares, além da equipe do Serviço.

O Grupo de Famílias se constitui de uma roda de conversa entre os familiares dos usuários e os profissionais idealizadores e coordenadores do grupo, a técnica de Enfermagem Rinara Passos e o psicólogo Victor Dinalli Ornellas Iglesias.

O grupo tem por objetivo oferecer um espaço de escuta e compartilhamento de experiências para as famílias, o que é fundamental no tratamento das crianças e jovens, que raramente possuem um espaço para falarem de si. “Com o foco nos familiares e o compartilhamento grupal, torna-se possível a diminuição das angústias, ansiedades, medos e frustrações, assim como permite que as famílias construam um novo olhar sobre si, sobre os seus e a sobre a vida, tornando-a mais amena” afirma Eliana Bicalho.

A servidora Rinara Passos exalta a iniciativa e o trabalho desenvolvido pelo Sesamo IJ. “Vim de uma realidade de anos da rigidez, seriedade e dureza hospitalar. Nesse período na saúde mental, aprendi uma leveza que não via, uma forma diferente do cuidar de mim e do outro, e essa experiência tem me reconstruído como ser humano e profissional”, destacou Rinara.

Para Aline, mãe de uma criança usuária do Sesamo IJ, o acolhimento dos profissionais do serviço foi fundamental para o desenvolvimento do filho. “Quando cheguei era um pouco receosa por não entender bem meu filho, não saber como começar e o que fazer naquele momento. O meu mundo estava todo desconstruído. Daí fomos tão bem acolhidos que começou um laço de amor e sossego. Hoje eu só tenho a agradecer a todos do serviço. O meu filho e eu estamos cada dia mais fortes e tenho certeza que tudo que pedimos em orações foi atendido através de vocês, que foram pessoas maravilhosas e que acolhem, não julgam, escutam e dão carinho, o que transforma o local em um lar”, afirma Aline.


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Última modificação em 06/12/2024