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Mãos femininas na soldagem

 

Publicado em: 24/10/2011 17:33

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[Sem receio de pegar no pesado em um trabalho predominantemente masculino, Gleice Kely Dias, 21 e Jaciara Laila da Silva Gomes, 25, trabalham como soldadoras há 11 meses na empresa Contepe. O novo emprego surgiu depois da participação nas aulas do curso para formação de soldadores realizado no ano passado pela Prefeitura de João Monlevade em parceria com a ArcelorMittal, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Centro de Apoio ao Trabalhador (CAT) e empresas da cidade. Na época, foram qualificadas 175 pessoas para o mercado de trabalho em curso para pedreiros, armadores, eletricistas, carpinteiros, mecânicos e maçariqueiros.  Já o curso de soldador teve a participação de 22 alunos, sendo que nove erammulheres.

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Atrás do macacão, óculos de proteção e luvas grossas, elas se transformam em soldadoras dedicadas e recebem o elogio de seus supervisores. Parceira do projeto, a Contepe foi uma das empresas que cedeu suas instalações para as aulas práticas do curso. E foi durante essas aulas que o manejo e a atenção das duas alunas se destacaram frente ao trabalho de outros alunos.

 

Para o diretor da empresa, Lindomar Cota Isaías, uma grande dificuldade dos empregadores é quanto à falta de qualificação dos profissionais que almejam as vagas: “Cursos como estes que foram realizados em parceria com a Prefeitura qualificam as pessoas para mercado de trabalho na própria cidade”. O supervisor Milton Fernandes, 62, diz que, em geral, a mulher é mais caprichosa e recebe bem as críticas, quando necessárias, melhor que o homem.

 

Mãe de três filhas, Jaciara Layla da Silva Gomes, trabalhava anteriormente como auxiliar de cozinha e nunca pensou em fazer o curso até que mudou de opinião frequentando as aulas. “Gosto muito do que faço e quero trabalhar como soldadora para o resto da minha vida”, comenta Jaciara lembrando que o marido também participou do curso de maçariqueiro e está empregado em uma empresa parceira no projeto.

 

Ao ingressar na empresa, Jaciara não se viu sozinha na escolha. Outra colega do curso também foi chamada para o trabalho. Para Gleice Kelly, o curso de soldador foi a oportunidade para o primeiro emprego. “Praticamente cai de paraquedas no curso e gostei muito”, diz ao fazer referência à profissão do pai que também é soldador. “Nunca me interessei pelo trabalho de meu pai e, hoje, sempre tiro dúvidas com ele”, declara. 

 

Apoio

Os cursos do CAT/Sine receberam o apoio da Comissão Municipal de Emprego, Usina do Trabalho, Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, ArcerlorMittal, Contepe, Sartori Serviços, Secretaria Municipal de Obras, Edificar Empreendimentos e Construções, Construtora Ferreira Júnior, Degraus Engenharia, Hospital Margarida, Sesi, CDL e Câmara Municipal.[foto2]