Moradores das ruas Tupiniquins e Timbiras, no bairro Santa Cruz, se reuniram mais uma vez com a mineradora Vale para o detalhamento das ações para ampliação da linha férrea naquela região como parte do projeto de expansão da ArcelorMittal Monlevade.  O encontro foi realizado no Centro Comunitário local, dia 8 de agosto, e foi intermediado pelo prefeito Gustavo Prandini, que esteve presente na reunião juntamente com representantes da ArcelorMittal e Vale.

Além de tirar dúvidas dos moradores, o engenheiro da mineradora Frederico Nastrini apresentou a equipe da empresa Diagonal, de São Paulo. Sob encomenda da Vale, a Diagonal iniciou nessa terça-feira, 9, pesquisa individual com levantamentos sócio-econômicos das 40 famílias das duas ruas que poderão ter que se mudar para outra localidade para dar lugar ao projeto de expansão da linha férrea.

Paralelamente, a Vale executa estudos ambientais e de engenharia para apontar como será feita a ampliação. A previsão é que esta fase seja concluída até o fim do mês de outubro. Finalizado este processo, ele será anunciado para a comunidade. A expectativa da mineradora é que as obras sejam iniciadas em maio de 2012.

Mesmo com garantias dadas pelo engenheiro de que o diálogo entre a empresa e os moradores será contínuo, a líder comunitária Elza da Consolação Reis desabafou diante da ansiedade das famílias. “Temos um valor sentimental com este lugar. A gente não pode nem fazer planos”, comentou Elza ao falar da possibilidade de remoção dos moradores. O representante da Vale disse que não poderia opinar se eles deveriam fazer ou não melhorias nos imóveis. No entanto, garantiu que ninguém ficaria no prejuízo, em caso de remoção e indenização.

O prefeito Gustavo Prandini, mais uma vez, se colocou à disposição da comunidade. “Os moradores pediram e conseguimos abrir este diálogo com a Vale. Vamos sempre nos colocar disponíveis para ouvir as demandas que a população apresentar”, garantiu Prandini.

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